O Jogo
Um começo de jogo preocupante para a torcida do Atlético. O Furacão sofria para acertar passes curtos, dava espaço ao Náutico e não conseguia pressionar o time do Timbu. Com este panorama, ficou fácil para Gilmar quase abrir o placar aos 9 minutos.
Galatto repôs mal a bola em jogo, Antônio Carlos tentou o domínio e Derley, ligado na jogada, tocou a bola para Gilmar. O atacante foi infeliz no arremate a gol e desperdiçou grande oportunidade. O susto acordou o Furacão. Wallyson passou a explorar as jogadas em velocidade pelos lados do campo.
Marcado pelos gols perdidos no duelo com o Corinthians na Copa do Brasil, não restava alternativa ao atacante a não ser fazer as pazes com as redes. Aproveitando duas bobeiras da defesa do Náutico, ele atirou a má fase para longe. Primeiro, aos 24 minutos, o garoto de 20 anos mostrou oportunismo e aproveitou a indecisão de Vágner e o goleiro Eduardo para tocar de bico para o fundo do gol.
O 2 a 1 preocupou Geninho, então o técnico do Atlético resolveu reforçar a defesa com a entrada de Rhodolfo. Com a saída de Wesley, o Rubro-Negro ficou retraído, sem saída para o ataque.
A tática do treinador furou aos 11 minutos. O Náutico seguiu na pressão e arracou o empate com a mãozinha de Galatto. O goleiro do Atlético não conseguiu defender a cobrança de escanteio Carlinhos Bala, e Anderson Lessa, que havia acabado de entrar no lugar de Eduardo Erê, aproveitou a furada para desviar de cabeça para o fundo da rede atleticana.
Com a vantagem perdida em poucos minutos, Geninho quis arrumar o time. Os atacantes Gabriel Pimba e Patrick - estreante da tarde - foram chamados. O time pressionou um pouco mais, mas quem fez foi o Náutico. No contra-ataque puxado por Carlinhos Bala, Anderson Lessa marcou o segundo dele na partida e virou o placar para o Timbu.Aos 35, ele novamente. O “Possesso”, como ficou conhecido na época em que jogou no futebol do Rio Grande do Norte, foi esperto e tomou a bola em nova confusão defensiva do Timbu. O camisa 7 fez um bonito gol na Arena.
Para resumir então, de que adianta ter o melhor estádio do país, com a arquibancada ali pertinho do gramado, os torcedores no cangote dos adversários, vinte e poucos mil sócios pagando em dia, se ano após ano o time do Atlético brinda seus torcedores com fiascos sucessivos? A mesma situação vivida nos quatro últimos campeonatos brasileiros se repete agora: o rubro-negro começa o campeonato de forma medíocre, começa a figurar logo cedo na zona de rebaixamento e depois terá de enfrentar um Deus-nos-acuda pra sair do sufoco.
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