quarta-feira, 5 de agosto de 2009

VITÓRIA NA RAÇA

Marcinho agradeçe aos céus pelo seu gol

Mostrando muita raça e obediência tática, o Atlético Paranaense venceu o Cruzeiro por 2 a 0, em pleno estádio Mineirão, nesta quarta-feira (5), em Belo Horizonte. Pela primeira vez no Brasileirão o Furacão venceu duas seguidas e, de quebra, deixou a zona do rebaixamento na estréia do técnico Antônio Lopes. Marcinho e Gabriel Pimba fizeram os gols do Atlético.

A vitória marcou a primeira partida do time sob o comando do novo treinador. A ele, mas também a Waldemar Lemos, vários jogadores dedicaram o resultado. Os parabéns foram estendidos a todos do grupo por Marcinho. “Hoje todo mundo esta de parabéns. O momento em que perdemos um homem, logo no começo, foi determinante. O empenho da equipe depois disso foi decisivo, diante do que o professor montou. Procuramos o melhor e conseguimos sair coma vitória”.

O destaque do jogo ficou por conta da aplicação tática do Furacão. “A garotada fez uma partida excepcional, principalmente no aspecto tático. O pessoal cumpriu o planejado e programado por nós. Foram valentes e se aplicaram muito. Gosto de ver essa dedicação, principalmente quando ficamos com um jogador a menos. Gostei da turma”, disse o treinador do Atlético, em entrevista coletiva transmitida pela rádio Transamérica.

O Jogo

A expectativa era muito grande, pois tanto Atlético quanto Cruzeiro, precisavam da vitória para deixar a zona do rebaixamento para trás. Para o time paranaense a estreia do técnico Antônio Lopes à beira do gramado era o grande trunfo, afinal o chamado “fato novo” do futebol as vezes faz milagres para o um time. Na Raposa a volta de Kléber por si só já era motivo suficiente para os visitantes redobrarem a atenção.

O problema é que não foi só a atenção que precisou ser redobrada, mas sim tudo que foi feito em campo por parte dos atleticanos. Isso porque aos 17 minutos, apenas dez depois de ter recebido o cartão amarelo, o zagueiro Bruno Costa fez nova falta e acabou expulso pelo árbitro Sálvio Spínola. O lance foi polêmico, já que o defensor atleticano mal encostou em Henrique, num lance normal de jogo. Mesmo assim, não teve perdão. “Achei que não foi um lance para expulsão. Para mim foi um choque normal de jogo. O árbitro se equivocou, mas faz parte”, opinou Galatto.

Ao contrário do que se esperava a expulsão não desestabilizou o Atlético. Logo Antônio Lopes promoveu a entrada de Manoel no lugar de Wesley. A alteração devolveu consistência à zaga, mas matou a criatividade e a velocidade do ataque. Em noite pouco inspirada, Wallyson não conseguiu criar boas jogadas e no primeiro tempo Marcinho rendeu menos do que dele se esperava.

Valente em campo, o Atlético passou a administrar o jogo. Não ameaçava, mas marcava com precisão e eficiência. A partida tornou-se ruim de se assistir, mas como atuava fora de casa, o empate que se desenhava não parecia um resultado tão desprezível assim para o Furacão.

Nos minutos finais do primeiro tempo a igualdade numérica voltou ao jogo. Bernardo, que já tinha recebido amarelo e escapado de um vermelho quando tocou a mão na bola, não teve perdão. Aos 43 minutos ele cometeu falta dura em Rhodolfo e foi expulso. “Jogar com uma menos não é fácil. Com o time adversário já é difícil, imagine assim. O desgaste é dobrado e não conseguimos nem atacar, só nos defendemos. Agora com o mesmo número, temos que nos segurar e buscar o gol no fim”, disse o zagueiro Rhodolfo, na saída para o intervalo.

Os times voltaram para a 2ª etapa mais modificados. Wesley deixou o jogo para a entrada de Patrick no Furacão, enquanto Diego Renan apareceu no lugar de Athirson no Cruzeiro.

Já que não conseguiu alterar os rumos da partida no começo do primeiro tempo – Rhodolfo chegou a balançar as redes ao aproveitar um rebote de Fábio após falta de Paulo Baier, mas o lance foi anulado por impedimento do zagueiro atleticano – o Furacão cumpriu a missão com 45 minutos de atraso. Logo nos primeiros lances da 2ª etapa, Paulo Baier cruzou com capricho após descer em velocidade pela direita e Marcinho, surgindo por trás dos zagueiros, empurrou para as redes do Cruzeiro.

O gol desnorteou o Cruzeiro, que passou a errar passes e partir para o ataque de maneira desordenada. Na melhor chance que teve no jogo, o Cruzeiro parou nas mãos do goleiro Galatto. Após o cruzamento, Wellington Paulista chutou à queima-roupa, da pequena área, e o camisa 1 do Furacão fez excepcional intervenção.

Para dar mais consistência ao meio de campo, Antônio Lopes promoveu a entrada de Gabriel Pimba no lugar de Marcinho, enquanto Adilson Batista tentava ganhar mais velocidade na frente escalando Rômulo no lugar de Wellington Paulista, que deixou o campo vaiado. Aos 24 minutos, Kléber cometeu falta dura em Valencia e recebeu o segundo amarelo, seguido pelo vermelho. Com um a mais o Furacão cresceu e graças à intervenção de Antônio Lopes o time ganhou fôlego e manteve a forte marcação, indo de vez em quando ao ataque.

As duas grandes chances que o Furacão teve nos minutos finais saíram dos pés de Gabriel Pimba. Na primeira, aos 35, ele fez boa jogada pela esquerda, driblou um marcador e da ponta da área chutou colocado para grande defesa de Fábio. Aos 43, em nova jogada individual, Pimba repetiu a dose, driblou o marcador na ponta esquerda da área, e chutou cruzado, nas redes de Fábio, sem chances de defesa, fechando o placar no Mineirão

Com o resultado o Furacão deixou temporariamente a zona do rebaixamento, passando a ocupar a 14ª posição na tabela de classificação com 18 pontos. Na próxima rodada o rubronegro enfrenta o Botafogo, sábado (8), a partir das 18h30, no Rio de Janeiro.

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