A história da partida poderia ter sido outra se a bola cabeceada pelo volante Fahel logo aos três minutos, tivesse entrado no gol atleticano, ao invés de ter explodido na trave. Foi a única chance real do Fogão no confronto, enquanto o Atlético, depois de demorar a encontrar um encaixe, imprimiu um ritmo melhor e criou mais alternativas.
O Jogo
Fazendo uma verdadeira decisão dentro dos seus domínios, o Atlético sabia que a vantagem inicial só estaria nas arquibancadas. Dentro das quatro linhas a equipe rubro-negra teria um Botafogo também necessitado da vitória. Ambas as equipes enxergavam a zona do rebaixamento pelo retrovisor e nem mesmo o empate seria útil. Assim, era de se esperar muitas emoções.
A massa atleticana fez bem o seu papel, apoiando o Furacão e pressionando o adversário. Todavia, por muito pouco o ânimo não foi abaixo logo de cara, aos três minutos. Depois de escanteio batido pelo meia Lúcio Flávio, Fahel desviou de cabeça e a bola explodiu na trave esquerda do goleiro Galatto. Salvo este lance, o Alvinegro carioca só assustou em outras duas chegadas, ambas na bola parada.
A partir do 10º minuto o Atlético estabeleceu o domínio territorial e de posse de bola, empurrando o Fogão para a sua defesa. Mas estava difícil entrar na área. O meia Paulo Baier estava muito marcado e pouco pegava na bola, mesmo caso de Marcinho, peça nula nos 45 minutos iniciais. Chances mesmo surgiram na velocidade do lateral-esquerdo Márcio Azevedo, com dois chutes perigosos, e com tentativas individuais de Alex Sandro.
A partida caminhava para um empate sem gols diante da produção ofensiva dos dois times, mas a qualidade rubro-negra foi determinante. Quando finalmente pegou a bola com liberdade, em rápido contragolpe, Paulo Baier avançou e cruzou na medida para Wallyson, livre na área, tocar de primeira para as redes do goleiro Jéferson. Festa no Joaquim Américo e um quadro de ainda mais emoção para o segundo tempo.
“As equipes estão nervosas, já que estão brigando para sair desta situação”, disse Wesley. “O jogo está complicado, a pressão da nossa torcida está nos ajudando, mas temos que tentar aumentar”, completou Nei. Ou seja, a inteligência rubro-negra seria o divisor de águas para vencer e se garantir na Série A ou complicar a situação da equipe no Brasileirão.
A volta dos vestiários foi inesperada para os atleticanos. Galatto passou mal e a comissão técnica atleticana preferiu tirá-lo da partida, colocando o jovem reserva Neto em uma verdadeira fria. Já o Botafogo voltou com a mesma formação e esperava-se que partisse para cima dos donos da casa. Inicialmente, seja pela boa marcação rubro-negra ou pela falta de recursos dos botafoguenses, o camisa 12 não teve com o que se preocupar.
Como é sua característica, o Furacão jogou ainda mais na base da velocidade quando tinha a bola. Em uma dessas descidas a torcida da casa ficou muito revoltada com o árbitro Wilson Luiz Seneme. Valencia tentou dominar bola na área, após falha da defesa adversária, e acabou derrubado por Fahel. O juiz preferiu mandar a partida seguir. Nem mesmo este lance diminuiu o ímpeto do Rubro-Negro. A equipe seguiu melhor.
O técnico Estevam Soares preferiu tirar Ricardinho e colocar Jônatas no jogo, afim de ganhar o meio-campo, ou pelo menos tentar. Não funcionou, porém faltava ao Furacão o segundo gol para dar a tranquilidade que ainda não estava garantida. Aos 19 minutos, saiu dos pés de Marcinho a bola que foi ajeitada por Wallyson e cabeceada por Paulo Baier. O movimento foi preciso, mandando direito no canto de Jéferson.
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