domingo, 18 de outubro de 2009

SE É BAIER, É PAULO BAIER

Baier e Alex Sandro foram decisivos na vitória de hoje

“Se é Baier, é bom”. A antológica frase, imortalizada por um produto químico, também é utilizada pela torcida do Atlético Paranaense quando o assunto é o experiente meia Paulo Baier. O porquê disso foi mostrado pelo próprio jogador na tarde deste domingo, quando o Furacão varreu o Santo André na Arena da Baixada e goleou por 3 a 0. Em dois dos gols, o toque refinado do apoiador foi fundamental.

No início de partida, a postura do Ramalhão previa um jogo truncado e complicado para o Rubro-Negro, sobretudo porque a equipe treinada por Sérgio Soares precisava desesperadamente da vitória para fugir da zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mesmo levando perigo ao gol atleticano, o meia Marcelinho Carioca não conseguiu articular o ataque paulista. No contragolpe, o Furacão sempre levava perigo.

Para abrir o caminho da vitória, Paulo Baier mostrou categoria em cobrança de falta, dando a vantagem aos donos da casa. Com menos de um minuto depois, o mesmo Baier acionou o lateral-esquerdo Alex Sandro, que cruzou na área e ganhou o gol do zagueiro Marcel, autor de um gol contra creditado ao ala rubro-negro. Já tranquilo, o Atlético ainda fez o terceiro com Marcinho, que entrou na etapa complementar.

O Jogo

Vencer é não descer. A rima valia para Atlético e Santo André antes da bola rolar no Joaquim Américo. Quando o jogo começou, a correria foi intensa dos dois lados, já que o empate não serviria nem para um, nem para o outro. O Furacão, impulsionado pela sua torcida, partiu com mais ímpeto para cima do Ramalhão, que tentava se defender e sair na base da velocidade, tentando surpreender a defensiva rubro-negra.

Sem conseguir entrar na área adversária, os dois times investiram muito nas bolas paradas. Desta forma quem assustou mais nos primeiros 15 minutos foi o Santo André, com as batidas sempre venenosas e cheias de efeito de Marcelinho Carioca. Os paulistas iam gostando da partida e a bola já não parava tanto no ataque atleticano. Em momentos assim os jogadores diferenciados pesam. Paulo Baier é um deles.

O camisa 10 pouco pegou na bola no primeiro tempo, mas só precisou de dois lances para se consagrar no primeiro tempo. Em cobrança de falta, aos 27 minutos, o meia espantou a dificuldade de marcar e mandou a batida no canto direito do goleiro Neneca, sem chances de defesa. Com a vantagem, a empolgação era esperada. Um gol logo em seguida é que não. Baier iniciou a jogada que propiciou Alex Sandro ir até a linha de fundo e cruzar para Alex Mineiro. O zagueiro Marcel chegou antes na bola, mas na ânsia de cortar fez contra. Na súmula, o árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro deu gol para o camisa 6 rubro-negro.

Aos gritos do técnico Sérgio Soares na lateral de campo, o Santo André tentou reagir no jogo, já que se via sendo engolido ainda mais pela zona do rebaixamento. Mas a defensiva do Atlético seguiu soberana e segura. Nos contra-ataques, o Furacão conseguia assustar e criar oportunidades, mas o trio formado por Wesley, Wallyson e Alex Mineiro não parecia muito inspirado. Mesmo encaminhada, a vitória ainda precisava ser administrada.

“Pela intensidade que entramos o gol era esperado. Temos que manter o ritmo e ampliar, porque já provamos deste veneno (deixar empatar e virar) no campeonato”, alertou o volante Rafael Miranda. “Com mais espaço espero conseguir marcar”, completou Wallyson. Já o maestro adotou a modéstia e procurou enfatizar os treinos. “Trabalho para isso e tive a felicidade de enganar o goleiro na cobrança de falta”, revelou.

Com Júnior Dutra no lugar de Fernando, o Santo André esperava conseguir reagir e, com um gol logo no início do segundo tempo, conseguir pelo menos chegar ao empate. Todavia, ao partir para o ataque, o Ramalhão abria ainda mais espaços, todos bem preenchidos pela velocidade de Wesley e Wallyson. O primeiro inclusive teve uma chance boa de anotar com menos de cinco minutos na etapa final.

É verdade que o quinto minuto também teve um lance que gerou muita reclamação paulista. O meia Camilo entrou na área e caiu depois de se chocar com o goleiro Galatto. O juiz ouviu os pedidos de pênalti e ignorou. Melhor para o Atlético, que seguiu esperando um erro do adversário. Aos 16 minutos, com a camisa 17, Marcinho entrou no lugar de Wallyson. No minuto seguinte, Wesley cruzou na cabeça de Marcinho, que balançou as redes.

Com 3 a 0 no marcador, o Furacão abriu espaço para as saídas ovacionadas de Alex Mineiro e Paulo Baier, para as entradas de Rodrigo Tiuí e Netinho. Mas os dois jogadores procuraram ajudar mais na marcação, já que o Santo André procurou avançar ainda mais, tentando diminuir o revés. Chances a equipe criou, duas delas com Rômulo, porém o jogador chutou um gol feito para fora e outro em cima de Galatto, que saiu muito bem do gol para abafar.

A festa vinda das arquibancadas também influiu dentro das quatro linhas. A fumaça dos sinalizadores fez o árbitro paralisar a partida por alguns minutos já na reta final, o que serviu apenas para prolongar a alegria rubro-negra.

O resultado mantém o Furacão em 14º, com 39 pontos e já bem próximo ao G-10 do Brasileirão. A equipe terá uma semana de ansiedade, já que o próximo jogo será o clássico contra o Coritiba, às 16h de domingo, no Couto Pereira.

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