Salvo em uma única jogada, logo no início do segundo tempo com Fernandão, o Goiás foi inofensivo no ataque e chegou ao seu oitavo jogo sem triunfar. O domínio foi praticamente completo do Rubro-Negro, porém a equipe não criou tantas chances claras, embora tenha tido muito mais posse de bola do que o adversário. Mas as duas criadas e anotadas foram suficientes para fazer a alegria dos mais de 16 mil presentes.
O Jogo
No confronto das equipes em jejum de vitórias, o mando de campo favoreceu o Atlético nos 45 minutos iniciais. A equipe do técnico Antônio Lopes procurou do começo ao fim o gol do goleiro Harlei, mas encontrou dificuldades enquanto o Goiás tentou jogar bola. As ações ficaram muito restritas no meio-campo e na área intermediária até os 10 minutos de bola rolando no Joaquim Américo.
Quando os meias Wesley e Paulo Baier passaram a chamar mais o jogo, o Furacão começou a crescer e empurrar o time esmeraldino para trás. Ao mesmo tempo que perdia terreno e não conseguia se encontrar, o Goiás mostrou muito nervosismo e passou a bater muito na tentativa de parar a ascensão atleticana na partida. Se movimentando muito, o atacante Rodrigo Tiuí e a torcida pediram um pênalti, em lance com o zagueiro Rafael Tolói e que o árbitro Sálvio Spinola mandou seguir.
Já senhor do jogo, o Atlético abriu o placar aos 23 minutos. Paulo Baier cruzou para Marcinho, a bola até ia correndo demais e ficando mais para Harlei, porém o meia mostrou eficiência e técnica para chegar antes e tocar na saída do arqueiro goiano. Em vantagem, o Rubro-Negro paranaense seguiu imprimindo um ritmo forte e veloz, explorando ora as laterais, ora o meio da defesa do Goiás. Os comandados de Hélio dos Anjos se resumiam assim a se defender, nem sempre com lealdade.
Antes do intervalo, Nei (de cabeça) e Paulo Baier (em cobrança de falta) por pouco não aumentaram a vantagem atleticana. O resultado parcial, além de pior fim a um jejum de três jogos sem vitória, ia ajudando o Atlético a ganhar fôlego na briga contra o rebaixamento. Contudo, todos os jogadores reconheceram que era preciso buscar mais no segundo tempo.
“Hoje os triângulos ofensivos estão funcionando, estamos conseguindo pressionar e sair para o ataque. A hora é de perseverar e fazer mais gols”, disse Marcinho. “Pela primeira vez estou atuando como fazia na Ponte Preta, com liberdade para jogar pela ala e pelo meio. Temos que aumentar”, completou Nei.
Hélio dos Anjos desmontou o 3-5-2 na etapa complementar, optando pela entrada de Fernandão como principal peça ofensiva. O jogador apareceu logo nos primeiros minutos em duas situações, e em uma delas Galatto apareceu com propriedade, impedindo o empate. Quando o Atlético conseguiu encaixar a marcação, neutralizou a pressão esmeraldina e voltou a dominar, resumido aos contra-ataques. Wallyson entrou na vaga de Tiuí justamente para isso, porém iniciou de forma tímida.
Se o Goiás não incomodava tanto a partir dos 15 minutos, o árbitro passou a preocupar o Rubro-Negro. Marcações duvidosas e outros apontamentos de Sálvio Spinola preocuparam Antônio Lopes, que passou a orientar muito os seus atletas. O placar de 1 a 0 era perigoso e o Delegado pedia para a equipe insistir nas jogadas em velocidade. Funcionou. Aos 30 minutos, Wallyson tabelou com Rafael Miranda, entrou na área e aumentar para o Atlético.
Segundo a matemática, o Atlético entra em campo nas quatro próximas rodadas com a necessidade de pelo menos 50% de aproveitamento (duas vitórias) para chegar aos 49 pontos e não correr qualquer risco de queda. Todavia, se vencer o próximo confronto direito, no próximo domingo (15) diante do Fluminense, no Maracanã, às 18h30, o número para o Furacão cai para 46. O importante para os atleticanos é a aproximação do fim do “pesadelo”.
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