domingo, 7 de março de 2010

ATLETIBA DO SUPERMANDO

Manoel comemora o gol de cabeça


Terminou empatado em 1 a 1 o primeiro dos dois clássicos Atletibas programados para 2010. Neste domingo (7), na Arena da Baixada, Atlético e Coritiba protagonizaram um jogo bastante disputado e que como todo bom clássico, foi decidido nos detalhes. Manoel, aproveitando um cruzamento de escanteio de Netinho, abriu o placar para o Furacão, mas Marcos Aurélio, em cobrança de falta perfeita, empatou no 2º tempo.

Pelo lado atleticano, não faltou vontade de vencer. “A gente lutou e lutou. Vontade e raça não faltaram. Estavamos perdidos no primeiro tempo, mas depois melhoramos e lutamos até o fim. Vamos buscar essa vantagem do supermando até o final”, disse o atacante Patrick, que entrou no segundo tempo, mas não conseguiu o seu gol. Pensamento diferente do de Alan Bahia. “Foi um jogo igual. Marcamos forte, mas a bola parada mais uma vez decidiu. Clássico é assim, nos detalhes”.

O Jogo

Em jogo, para o Coritiba, o supermando. Mandar em casa todos os jogos da fase final, além de ganhar dois pontos extras, era o objetivo de todos os jogadores alviverdes antes do apito inicial do árbitro Héber Roberto Lopes. Já o Furacão, até então quatro pontos atrás do rival, tentava a vitória para manter as esperanças de conseguir roubar esta vantagem nas duas rodadas finais da fase classificatória.

O Coxa tomou para si o controle da partida desde os primeiros minutos e se manteve assim quase até o final da primeira etapa. As jogadas alviverdes fluíam com mais facilidade pelo lado esquerdo, com triangulações e tabelas envolvendo Rafinha, Renatinho e Marcos Aurélio, que, voluntarioso, se apresentava para o jogo.

A primeira polêmica do jogo aconteceu justamente por aquele lado, aos 11 minutos, quando Renatinho foi lançado e na disputa de bola com Alan Bahia, caiu no gramado. Seus companheiros e a torcida pediram pênalti, mas nada foi marcado, para frustração alviverde.

Demorou, mas a primeira grande chance de abrir o marcador aconteceu aos 22 minutos e até resultou em redes balançando, mas não modificou o placar. Marcos Aurélio recebeu em impedimento, driblou Neto e marcou. Atento, José Carlos Dias Passos dedurou a irregularidade e Héber marcou a infração. Dos 29 até os 31 minutos da primeira etapa o Coritiba esteve muito próximo de abrir o marcador.

Na primeira chance Rafinha fez grande jogada pela esquerda e cruzou. Marcos Aurélio chutou com categoria, mas a bola subiu demais. Em seguida Fabinho Capixaba, em cobrança de falta ensaiada, chutou muito forte e Neto faz grande defesa. Logo depois, na sequência da jogada, o cruzamento de Triguinho encontrou Jeci, que subiu mais que a marcação e desviou, no travessão do camisa 1 atleticano.

Por mais clichê que seja, quem não faz, toma. Apesar de ser a principal arma do Atlético para marcar seus gols no campeonato – e ser de conhecimento de todos os times -, o Coritiba bobeou. Em cobrança de escanteio de Netinho, aos 35 minutos, Manoel apareceu por entre os marcadores e cabeceou nas redes de Edson Bastos. “È uma jogada de treinamento. O Netinho bateu bem demais e entrei no momento certo, na hora certa, para fazer o gol. Agora temos que manter a pegada para poder sair daqui com os três pontos”, disse Manoel.

No restante do jogo o Coxa seguiu melhor, apesar de sentir o golpe. Já não atacou com o mesmo ímpeto da primeira metade do tempo e viu o Atlético assustar em chute de Alan Bahia, aos 41. “Criamos várias chances, encurralamos eles no campo deles, mas num lance infeliz, jogamos uma bola para escanteio. Sabíamos que era o forte deles e mesmo assim, infelizmente, acabamos tomando o gol”, disse o meia Coxa Rafinha.

Lopes muda Atlético para o 2º tempo

Paulo Baier e Wallyson nos lugares de Netinho e Javier Toledo. Com o objetivo de dar mais qualidade ao ataque e explorar a velocidade em suas tentativas, o técnico Antônio Lopes mostrou um Atlético diferente para a segunda etapa. Diferente de Ney Franco, que preferiu, em princípio, manter os mesmos jogadores em campo. O Coritiba seguiu num ritmo parecido com o do primeiro tempo, mas o Atlético, apesar de encontrar dificuldades na falta de ritmo do veterano Paulo Baier (que voltou após longe período no departamento médico), era melhor.

O jogo passou a ficar tenso conforme o tempo corria na segunda etapa. As jogadas tinham uma virilidade ainda inédita na partida e o árbitro foi forçado a intervir, distribuindo cartões amarelos para tentar evitar que a violência roubasse a cena.

Após esboçar pequena vantagem na posse de bola, o Atlético logo se viu tendo que segurar o ímpeto do Coritiba. Aos 31 minutos do segundo tempo, Rafinha recebeu a falta próximo a área do Atlético. Com capricho, o ex-atleticano Marcos Aurélio – que no ano passado marcou o gol da vitória Coxa no Brasileirão - ajeitou a bola e disparou uma bomba, sem chances de defesa, no ângulo do goleiro Neto, empatando o placar.

Dali em diante, os dois times continuaram buscando o gol adversário, mas o tempo correu mais rápido do que eles esperavam. Final: 1 a 1.

Com o resultado, o Atlético chegou aos 22 pontos, sem conseguir diminuir a vantagem do rival na tabela de classificação (o Coxa tem agora 26). Com isso a vantagem do supermando na próxima fase fica mais complicada de se alcançar. Na próxima rodada o Furacão encara o Iraty, no estádio Emílio Gomes, em Irati, no próximo fim de semana (ainda sem data nem horário definidos).

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